Fuxicos e mexericos.

Cê sabia que:

- que a Raça Rubronegra foi pioneira no mundo a assistir jogos em pé? Em nenhum lugar do planeta tinha isso. Agora é moda. Em alguns países já tem inté setor exclusivo. Bola dentro pro “Chefe” Claudio Cruz. idealizador e fundador da torcida;

- que a primeira vez que teve o Hino Nacional cantado “à capela” foi no Maracanã. Jogo Brasil x Paraguai pelas eliminatórias da Copa do Mundo do México.  Num lembro bem, mas parece que a Banda dos Fuzileiros Naval fez uma lambança e nem tocou o hino. Aí o Edu, nosso Waldick Soriano (quem puxava as musicas da Raça), começou a cantar, a torcida inflamou e o estádio todo acompanhou. Foi lindo.

E sobrou pra mim. Durante a Copa lá no México, houve um erro do cerimonial que colocou de forma errada o Hino do Brasil. Dois dias depois encontrei um grupo de brasileiros e uma mocinha me deu um esporro, quase deu na minha cara.

- Moraes, porque você não puxou o Hino do Brasil pra torcida cantar?

- Filha, não dava, num somos nem 500 quinhentos aki...

- Mas no Maracanã você puxou.

- Blá, blá, blá... Quase apanho;

Cê sabia que a moda de mastros grandes nas bandeiras também é invenção nossa? Na Europa eles não tinham costume de bandeiras grandes. Eram akelas pekeninhas. Agora usam bandeirões gigantes. Bingo pra gente.

Uma “causo” hilário:

Um amigo que adoro e hoje virou um “picão” empresarial viajava comigo em alguns jogos. Casado, aliás, bem casado, dois filhos, blá-blá-blá.

Num jogo em Volta Redonda ele conheceu uma “Piolinha” bunitinha, bunitinha, que ficava ali perto da Raça. Foi no buzão buzinando no ouvido da gatinha e... Nem entrou no estádio. Foi prum motel dá umazinha. Tudo beleza. Tudo legal.

Levou um chá de buçanha e se apaixonou. Todo jogo queria viajar só pra fazer nheco, nheco na Pigarete. Ele achava que a “dona encrenca titular” nunca ia desconfiar. Tinha um medo dela... Ó.

Quem era o rufião? O macaco que vos fala. Puta que pariu. Muita raiva. Porra, tinha que “convidar” o cara, disfarçar pra muié dele num saber, armar hotel e tal. Um inferno.

Até que a titular desconfiou e resolveu armar uma prele.

 Jogo em Porto Alegre, se não me engano, FlamengoxGremio. Ela (a titular) ligou lá pra EMBRAFILME me procurando querendo detalhes do vôo, hotel e tal.

Pensei rápido: tem angu nessa porra. Ela tá desconfiada de alguma coisa.  Chamei meu amigo e disse:

-  cuidado, tua mulher tá desconfiada. Pega leve;

- que nada. Burra que nem uma porta. Vou de qualquer jeito. Vou perder minha bucetinha? Pode armar que tô dentro.

Beleza. Nakela época meu grupo, cerca de umas 12 pessoas, viajava com o time. Sempre. Mesmo vôo, mesmo hotel, acompanhando tudo. 

Geral no Galeão, brincadeiras, zuações, jogadores e comissão técnica juntos cantando.  A “Piolinha” já era de casa e tal. De repente, quem chegou? Ganha um doce de coco quem adivinhar: isso mermo, a “titular” do meu amigo.

Ele morreu. Ficou mais branco que crioulo fugindo da puliça.

- que qui tu tá fazendo aki?

- resolvi ir pro jogo, algum problema?

- nã, nã, não, nenhum, mas porque você num me avisou?

- quis fazer uma surpresa. Tudo bem? Você parece que não gostou?

- na,não,não amô. Só que não estava esperando. E as crianças?

- Tranqüilo. Ficaram com mamãe...

Geral desconcertado. Eu fikei de longe só vendo a merda que ia dá pra resolver o problema do “enterro” dele.

Ele me olhando com o olhar desesperado, como que dizendo: “faz alguma coisa”. A Piolinha putaçaaaaaaaaaa.  Geral impotente pra resolver akela merda.

Partimos. Fomos pro hotel. A reserva tava no nome dele e “esposa”.  Caralho, tive que me antecipar, fazer o check in. Já viram a merda né?

Tive que me virar pra num ter um “incidente diplomático” nakela relação, mas deu tudo certo. Depois disso ele ficou pianinho e a “Piolinha” perdeu as mordomias das viagens.

Geral riu muitooooooo.

Valeu

Moraes

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