Ser Flamengo é ter alma de herói

"Há de chegar talvez o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnico, nem de nada. Bastará a camisa, aberta no arco. E, diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável."

Picadinhos de quarta-feira sem Mengão.


Picadinhos de quarta-feira sem Mengão.

Tu ai, já comprou o ingresso pra domingo? Nãoooooooooo. Mané. Última chance de tu vê Mengão jogar esse ano ô paspalho. Depois só janeiro assim mermo na ilha do Governador. Já é uma foda tu levantar esse rabo pra ir ao Maraca, imagina na Ilha.

Vai lá. Compra teu ingresso. Prestigia. Ajuda Mengão. Ele precisa de tu.

Falar na Ilha, bola dentro essa porra do nosso Xikeirinho pra 20 mil cabeças. Bola dentro. É o que precisamos.

Perdemos o Maracanã. Minha fonte garantiu que os franceses levaram, mas eles nem são loucos nem rasgam dindin. Vão chamar Mengão pra conversar, fato.

Ficamos então assim: jogo pekeno, no nosso alçapão. Jogo grande, Maracanã. Ninguém rasga dinheiro. Jogo com menos de 20 mil pessoas num é viável lá. Prejuízo certo. Papo reto.

E chegou a hora da nossa casa na GAVEA, Presidente Bandeira, na Gávea, pra 20 mil cabeças.

Sei que é difícil conseguir as autorizações, mas agora ficou “dispior.” O problema num era mobilidade urbana? Agora temos uma estação de Metrô na nossa cozinha. Mãos a obra, por favor.

Uma pica essa porra (autorizações), é só vê essa parada da nossa arena de basket. 6 anos, sim, 6 anos. Esse processo começou em 2010 e inté agora...

X – X – X

Tô com tuiti. A Leila Neiva fez preu. Quer adicionar? Anota ai: Restegui.Isnep.chat@xisgrão.com (sei que porra é essa não. Fala com a Leila tá.)

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Uma noticia triste. Existem esses torcedores emblemáticos, que chamam atenção.

Ali onde fico, na Norte, 232, tinha um desses caras. Sempre lá, no mesmo lugar. Camisa azul do Bruno (ex-goleiro). Com a família. Enteada, mulher, amigos. O mesmo grupo. Sempre.

Xato pragarai. Reclamava de tudo: jogadores, torcida, diretoria, mas apaixonado pelo Mengão. Sempre presente.

Nome: Petterson Coutinho de Medeiros. Morava lá onde Deus tinha uma plantação de mandioca; Porciúncula. Tinha cerca de uns 35 anos.

Sumiu. Maracanã fechado e tal. Nos dois últimos jogos olhei pra cima onde ele ficava e... Nada.

Jogo contra o Cuuuritiba. Antes de começar uma garotinha linda, aos prantos, me procurou.

- Moraes, sou enteada do Petterson, lembra?

- Não filinha, num lembro, tanta gente. Como ele era? Que houve?

- Era akele que ficava ali com a camisa do Bruno e que sempre falava contigo.

- Lembrei agora. Num vai me dizer que?

- Sim, faleceu. Teve um aneurisma fulminante e não resistiu... Eu vim pra prestar uma homenagem prele.

Meu mundo caiu. Quase enfartei.

Só lamentei. Disse algumas palavras prelas.

- Filinha, sou ateu convicto. Nem acredito em Deus, Jesus, santos, igrejas e tal. Agora existe uma coisa superior. Num sei o que é, mas tem um fodão por ai.

O corpo humano é tão perfeito pra acabar com a morte.

Então, você tem que vir sempre. E trás todo akele grupo que vinha com ele. É a melhor homenagem que vocês podem fazer.

Ele tá poraki. Ele veio ao jogo, sinto isso. Num pode aparecer, mas ta poraki.

Caralho. Bem, num adianta falar muito. Só fica a saudade e o sentimento de perda de um grande flamenguista.

Pettersão, daí de onde tu tiver ajuda Mengão ok. Tu vai ficar pra sempre no nosso coração.

Saudades eternas, amigo.

Te amo.

Valeu

Moraes

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