Mengão X Cabo Quentense - Pré Jogo.

Jogo do Mengão em casa no nosso xikeirinho.  Alegria na favela. Sinto uma falta cão.     

Vou lá vê novamente a mulekada.

Parece que o Paulinho (se chamar  de Fessor Carpegianni ele me mata), vai mesclar amanhã, colocando alguns cascudos.

Bem, tomara que a mulekada num tenha “abrido” o parquinho (rebolar, enfeitar e não tenha se deixado levar pelos elogios fáceis, tomara).

Recado preles: mulekada, chegar é difícil, mas mais difícil é se manter. Pés no chão, ok.

Torcedor é foda. O craque hoje é um merda amanhã. Cuidado aí.                     

Bem, é ir lá e vê Mengão dá outro sacode nakele timeco lá dakelas bandas de praias feionas.

Os outros grandes tomaram na tarraqueta, certo? Pelo andar da carruagem Mengão vai ganhar essa porra comendo rapadura.

Quê? Se vai ter pastel? Nem vai, nem vai. Meu amigo Guilherme Nogueira quebrou. Faliu. Tá vendendo a coleção de camisas pra pagar dividas com o cara do bar que fazia os tais pasteis. Coitado. Foi visto ontem na Praça Sanz Pena com uma barraca vendendo camisas.

O Cesar, irmão dele com o megafone:

“Nós podíamos tá aki roubando, mas tamos vendendo camisas pra colecionadores. Ajuda ai meu irmão pagar a divida do pastel dakele crioulo fiodumaegua”.

Coitados. É de cortar o coração...

Força cara, força. Tu vai sair dessa ok.

Bem, tu aí vai pro jogo né? Vai vê Mengão, certo?

Te espero lá.

                                                               X – X – X                      

Copinha:

Vi o primeiro tempo do jogo de ontem e depois os melhores momentos.

Mengão ganhou, 1x0, e mantenho tudo que falei nos postes anteriores.

Tá me chamando atenção um zagueiro grandão, alemãozão. Num sei o nome (parece que ele entrou na lateral direita no jogo contra o Volta Quadrada).

Tô de olho nele. Bom jogador. Grandão, impõem respeito. Tô gostando.

Bem, na segunda vai ganhar fácil dos “lusitanos    bigodudos” e partiu pra final.

Alô Noval (Carlos Noval, Diretor da base), já sabe né? Vou aí com meu Povo. Te viraaaaaaaaa.

X – X - X

 

Ontem, metro Gal Osório. Fui lá no tal “Papa Defunto” fazer a segunda via da carteira de identidade.

Entrei no vagão: dois garotos irmãos, marromenos 16 e14 anos.

 O menor falou: “olha o cara da Raça”. Ficaram me olhando.  Num falaram nada.

De repente os mulekes começaram a cantar a todo pulmão:

“olêlê, olalá, a Raça vem ai o bixo vai pegar”.

Caralhoooooooooo. E continuaram me olhando.

“Em dezembro de 81,

Botaram os ingleses na roda,

Nun seu cantar essa merda

Lalarilá...

Ô musica xata sô. Tenho raiva cão dessa porra.

Ufa, cheguei. Estação Cantagalo. Desci correndo, andando rápido no corredor e...

“Nos keremos respeito..

E comprometimento...

Caraaaalhoooooo. Num me livro desses mulekes não é?

Rua Miguel Lemos. Eles devem morar por ali.

Graças a Deus.

Mas aki na boa. Adoro isso.

Adoro ser ídolo dessa mulekada.

Valeu

Moraes

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