Perdi um amigo. Perdi um irmão. Mengão perdeu um grande flamenguista.

Meu amigo, de mais de 50 anos, Joaquim Vaz de Carvalho, o Joaca, escritor e cineasta, se mandou desse mundão.

Pena, vai com Deus irmão. Vai com Deus.

Conheci esse cara na década de 70 no extinto Instituto Nacional do Cinema – INC.

Depois estreitamos amizade na extinta EMBRAFILME. Eu era o picão nos contratos e ele, por ser Flamenguista, tinha prioridade.

O ladrão do Collor extinguiu a EMBRAFILME e a classe cinematográfica ficou na merda, inclusive eu.

Sempre acreditei que nada é por acaso.

Em 1994, lembro bem, tava eu vindo pela Av.Rio Branco, numa merda de dá dó e quem encontro?

- Moraes, que bom te vê. Tá fazendo o quê?

- Terminando a liquidação da EMBRAFILME. Depois vou pro calçadão fazer programa. Numa merda...

- Eu também irmão. Tô terminando o projeto do livro 100 anos do Flamengo e depois tenho que retomar a carreira. Bora junto?

- Bora, claro, qual o plano?

- Cara, tenho um apartamento em Botafogo. Vou me mudar pra Ipanema e quero fazer um escritório lá. Vem comigo?

E estávamos juntos inté agora. Ele criou a empresa dele (Lagoa Cultural e Esportiva e depois a atual Toscana  e eu a FAM EVENTOS). Ele produzindo, eu fazendo captação de recursos. Cada um por cada um.

Flamenguista roxo e criou os três filhos Rodolfo, Bruno e Leandro Vaz de Carvalho com a mesma ideologia. Filhos e Netos só comiam quando cantavam o hino do Mengão.

Boa sorte ai no alem irmão. Quando se estabelecer, cuida da família e amigos aki na terra, mas nem deixa de “enquadrar” São Judas Tadeu. Ele ta deixando muito furo aki com nosso Flamengo, ok.

Tô pedido ao Flamengo aki de público, que seja feito uma homenagem com um minuto de silêncio no jogo de quarta-feira.

Te amo cara.

Fica a saudade eterna.

Beijão

Moraes