Picadinhos de quarta-feira sem Mengão.
Picadinhos de quarta-feira sem Mengão.
Final da Taça Guanabara dia 18 de fevereiro, próximo domingo, certo? Inté ontem dia 13, terça-feira, não se sabia onde seria o jogo.
E o torcedor é que é o bandido. Vergonha. Máxima vergonha.
O próprio organizador desmoraliza seu produto.
E o torcedor é o culpado. Cadê o Estatuto do Torcedor? Só serve pra punir o Torcedor.
Nunca pune esse IDIOTAS que tomaram de assalto o futebol brasileiro.
E aos 48 minutos do segundo tempo, na prorrogação, ficou decido que a decisão vai ser em Cariacica, Espírito Santo. Não, tu num leu merda não, a DECISÃO DA TAÇA GUANABARA VAI SER NO ESPIRITO SANTO.
Não vou. Nem fudendo. Não tenho mais idade, saco e tesão pra drumir em rodoviárias e tal pra vê qualquer joguinho meketrefe.
E olha que desde o final da década de 60 que num perco uma final do Mengão. NENHUMA.
Pode escolher ai o campeonato, torneio, cuspe a distância que sempre estive presente e isso em qualquer lugar do mundo, só pra esclarecer.
Essa num vou. Vão pra casa do caralho seus putos. Tudo tem um limite.
O Roni, akele ex-jogador, montou uma empresa pra agenciar jogos e tá enxendo a burra de dindin. Só dá ele. Escolheu o cliente certo amigo. Mengão vai te deixar bilionário.
Ah, Negão, o Flamengo não tem culpa, o mando de campo é deles.
Conversa fiada. Tamos falando de FlamengoxBoaVista. Cês acham mermo que num teve o dedo do Mengão pra escolher Cariacica? Vão xupar o prego, caralhooooooooooooo.
Vergonha.
X – X - X
No sábado passado, em Volta Quadrada, rolou uma discussão, em alto nível, das minhas criticas a alguns jogadores, notadamente ao Xico Bento (Everton Ribeiro) e ao Culhão (Cuelar).
Galera, é a minha opinião. Cada um com a sua.
Sobre o Xico Bento: é um baita jogador, mas ainda num disse pra que veio. Fica ali passeando pelo gramado, dá um passe ali, uma boa jogada akolá e...
Peraí: foi contratado como estrela, ganha um salário de estrela (segundo me informaram é o segundo maior) e num vou chamar a atenção? Fala sério.
No mínimo tem que usar a “Lei Zico.” Correr mais, se doar mais, suar a camisa, garra, vontade, como faz o Pokemon (Diego) que, depois da cirurgia voltou malzão, mas num se entrega nunca. Corre, dá carrinho, briga, chama o jogo. Isso é que se espera de um ídolo.
Tomara que ele acerte (Xico Bento). Tomara que ele queime minha língua e duvido que tu fike mais feliz que eu, duvido.
Me perguntaram se eu trocaria ele pelo Jardson, o 10 dos Gambás (acho que o nome é esse).
Agora. O Xico Bento, tecnicamente é mais jogador, mas o deles participa mais, tanto assim que é ídolo lá. Em time de massa, jogador que num corre tá morto, cumpadi.
Sobre o Culhão.
O sentido de marcação dele é muito ruim fora o eskema que num ajuda. Atenção: roubar bolas num ker dizer saber marcar.
Mengão joga no 4x1x4x1, certo. A minha cozinha fica completamente desguarnecida. Um buracãoooo. Pergunta aos meus zagueiros? Eles é que num tem culhão pra falar. Elem tem que sair pra dá combate direto.
É questão de “geografia” galera. Se o adversário colocar 3 ou as vezes 4 no meio de campo, matematicamente vai ter mais gente ali e é um Deus nos acuda.
Nada pessoal com nenhum deles. Só não quero e voltar das viagens xorando, como virou rotina na minha vida.
X – X –X
Essa aconteceu na final da Libertadores, no Uruguai.
Tinha um muleke chamado Guilherme, que tinha 15 ou 16 anos e viajava sempre com o avô. Família milionária do ramo de petróleo.
Foi pro jogo do Chile em vôo fretado. Perdeu, voltou pro Brasil.
Nós, 16 seguimos, pra Montevidéu. Buzão de Santiago inté Buenos Aires, depois uma balsa inté a fronteira numa cidade chamada Colônia (Uruguai) e outro buzão inté Montevidéu. Todo mundo morto de cansaço. 9 dias viajando por terra pra vê a final.
Pois bem, o Guilherme tinha voltado pro Rio e o avô dele disse que num ia pra Montevidéu. Os pais dele vetaram a ida dele.
O que o filho da puta fez? No Domingo, a família drumindo, ele se mandou pro Galeão, comprou uma passagem de IDA e fugiu. Partiu Montevidéu.
Deixou um bilhete: “Pai, Mãe, vou pra Montevidéu. Fico com o Moraes, não se preocupem. Peguei mil dólares no cofre”.
Claro que deu merda. A família preocupada acionou os amigos da Embaixada do Brasil no Uruguai, o gerente do Banco do Brasil amigo deles e ficou TODO MUNDO ATRÁS DE MIM. Logo eu que num tinha nada a vê com akela porra.
Chegamos no domingo de manhã, procuramos um hotelzinho frutica, banhão, o Chefe (Claudio Cruz) foi pro Hotel do Flamengo atrás de ingresso pra gente e tal.
Tinha recado em Montevidéu inté nas casas dos Pombos atrás da galera da Raça que tinha ido de buzão.
Tavamos eu e Zé na recepção do hotel quando de repente vimos uma correria. Entrou na recepção um maluco se mixando, com o pau pra fora e a puliça correndo atrás.
Era o Guilherme. Tava mijando na rua, os canas viram e correram atrás dele.
- Moraes, me salva, me salva.
- Caralhooooooo. Primeiro, acaba de mijar, segundo bota a porra desse pau mole dentro da cueca, terceiro lava a porra da mão e depois fala comigo.
Deu uma merda cão. Os puliças kerendo levar o muleke, a gente num deixou, conversa daki, pede pra lá, liberaram o muleke.
Foi hilário e serviu pra diminuir o cansaço absurdo assim como o estresse pelo jogo.
O Guilherme ficou com a gente, Mengão campeão.
Se esses “manés” que ficam por ai dizendo que torcedor organizado é bandido, marginal, vagabundo tivesse a menor idéia do amor e paixão que sentimos pelo Mengão, com certeza mudaria de idéia.
Terminou o jogo: buzão de Montevidéu inté o Chui, troca de buzão, Chuí, Porto Alegre e de lá ninguém agüentava mais. Avião inté o Rio.
Ufa.
Valeu
Moraes
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