Ser Flamengo é ter alma de herói

"Há de chegar talvez o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnico, nem de nada. Bastará a camisa, aberta no arco. E, diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável."

Reprise da Final da Libertadores – Dona Globo vai bombar.

Reprise da Final da Libertadores – Dona Globo vai bombar.

              Reprise da Final da Libertadores – Dona Globo vai bombar.

Amanhã tem a reprise de FlamengoxRiver em Lima e num tem como num assistir. Num tem.

O ideal seria todo mundo junto e tal, mas com o CoronelVirus aí ninguém vai se arriscar.

Dona Fernanda Benfica inté convidou:

- Moraes, vem aki pra casa pra vê o jogo. Vou fazer uma lasanha e te mostrar os novos álbuns da infância do Dudu.

Vou nada. Tô fora. A Lasanha dela é uma disgrumura do cão e os álbuns de fotos do Dudu? Já vi trinta vezes:

- Aki Ó, quando ele fez 6 meses, num é uma gracinha? Aki Ó, eu passando hipoglós no bumbum dele que tava assadinho;  aki Ó quando ele foi promovido a General Escoteiro do Méier... Socorrroooooooooooo. É desesperador...

Bligladão, mas vou porra nenhuma. Vou vê pelo computador mermo.

Negão, qual a diferença da final de 81 pra de 2019 (em termo de torcida).

Quase nenhuma. Deveria ta no guinness book como a maior xoradeira mundial.

Em 81 quando o Zico fez o segundo gol, nós, os 16 sobreviventes dakela epopéia, nos sentamos e começamos a xorar. A galera do nosso lado gritando, cantando, se esguelando e nós Ó... buuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.

Chefe, Totinha, Zé Carlos, Lucio, Dona Teresa, Markinho, Beto da União da Ilha, Gustavo Vilela e outros que INFELIZMENTE num lembro os nomes lavamos a alma e o estádio com nossas lágrimas.

Já a de 2019 como disse acima, foi a maior xoradeira coletiva do mundo. Xorou a galera que tava lá, xorou quem tava no Maracanã assistindo no telão, xorou em casa quem tava em casa, no botekin... Xorou parte da torcida argentina de desespero...

Pra mim era OBSESSÃO ganhar essa porra. OBSESSÃO.

E tive a competência de embutir essa OBSESSÃO pra meu Povo. Geral sonhava com isso.

Sobre isso, dois fatos:

Primeiro: quando voltei de Lima no primeiro jogo no Maracanã dois garotos de Rio Bunito que conheço, mas num lembro os nomes foram lá no meu “escritório” e...

-  Negão, acabou a obsessão, acabou. Riskei essa palavra do meu dicionário. Graças a vocês podemos drumir em paz...

Putz, akilo me tocou fundão. Ali caiu a fixa da contribuição que dei pro meu Clube e pro meu Povo.

Segundo: Doha, no estádio, briga da torcida pra ficar atrás do gol, tensão extrema por causa do jogo e de repente me chega o Bocão, da Urubuzada com os olhos cheios d’água e...

- Negão, só vim de agradecer. Se num fosse você nós não estaríamos aki

Filho da Puta, filho da puta. Deu um tiro certeiro na parte do cérebro que comanda a “emoção”. Passei o jogo inteiro kerendo ganhar, claro, mas só pensava...

- Se Mengão ganhar vou abraçar e beijar essa mulekada até pegar o vôo de volta. Num deu.

Bem, amanhã geral em frente da TV. Vamos reviver essa vitória gloriosa.

Agora, por uma questão de JUSTIÇA, em nome do meu Povo, peço a gloriosa Dona Rede Globo que durante a transmissão faça uma simples homenagem, só falar o nome deles, de três funcionários: Erick Faria, Cahê Motta e Marcel Lins.

Esse três caras, torcedores fanáticos, não confundiram o profissionalismo com a paixão, mas foram contundentes durante a Libertadores.

Xoraram com meu Povo nos momentos ruins. Xoraram e sorriram com meu Povo em Lima, no dia da Glória Eterna.

Valeu

Moraes

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