Ser Flamengo é ter alma de herói

"Há de chegar talvez o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnico, nem de nada. Bastará a camisa, aberta no arco. E, diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável."

E esse dia que num chega.

E esse dia que num chega.

                                             E esse dia que num chega.

Porra, quantos dia faltam pra chegar domingo em?

O dia tem 90 horas. Uma hora tem 500 minutos e um minuto dura uma eternidade.

Geral pilhado. Num tem como num ta.

O jogo vai durar 300 minutos.

Vamos ganhar domingo? Com fé em Deus.

É Campeão? Não, tem que ganhar o Sun Paulo também.

Então, é bom controlar a ansiedade.

E eu fora. Num pode ser verdade. Sonho ou pesadelo?

Nem sei.

Tenho que escrever ou explodo.

Foda.

X – X – X

1987 – Flamengo X Internacional. Fui no mesmo vôo.

Um jornalista perguntou:

- E ai Moraes? Se num enfartou no jogo contra o Atlético num enfarta mais...

- Respondi:  tudo por culpa desse “viadinho” que num matou o jogo (apontando pro Bebeto). Meu amigo. Tudo brincadeira de amigos.

O Carlinhos (nosso técnico) ficou putaço com a brincadeira, me deu um esporro e ainda cortou relações comigo.

Nunca entendi.

X – X – X

Tem um especial com o Castor de Andrade rodando ai.

Confesso que num vi nenhum capitulo.

Lembro dele em duas ou três excursões que fizemos na Europa, pra disputa dakeles épicos torneios de verões.

Ele era convidado como “Chefe da Delegação”.

Outra confissão: eu tinha MEDO dele. Essa é a palavra correta. MEDO. Num era respeito. Era medo mermo.

Por isso nem ficava á vontade na resenha.

Lembro dele, na beira da piscina num sei em que cidade da Europa, incentivando os jogadores, tipo:

 - 500 paus pra quem atravessar a piscina sem respirar, ou quem chegar primeiro na borda ganha a grana.

Os jogadores adoravam.

Que esteja bem no outro cósmico.

Valeu

Moraes

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