Ser Flamengo é ter alma de herói

"Há de chegar talvez o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnico, nem de nada. Bastará a camisa, aberta no arco. E, diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável."

Futricas e penduricalhos

Futricas e penduricalhos

Futricas e penduricalhos.

Hoje tem ArgentinaxBrasil pelas eliminatórias da Copa do Mundo, sabiam? Carai, que fizeram do futebol brasileiro, em? Neguinho tá querendo saber é do jogo do João Fonseca.

X - X - X

Jogadores líderes no futebol. Vi muito, alguns simplesmente verdadeiros generais. Dunga, por exemplo. Era craki? Não, mas dentro de campo era quem mandava. Carlos Alberto Torres, outro monstro.

Ser líder num significava ser o melhor. Pelé, por exemplo. Era líder simplesmente por ser o maior do mundo. Xato pracarai, keria a bola só pra ele, mas o líder  era o Capita (Carlos Alberto Torres) e logo atrás o Papagaio (Gerson).

Zico era líder? No mesmo plano do Pelé. O líder dakele time era o Paulinho (Carpeggiani). Agora, o Galo tem uma coisa que o generoso Deus dele deu além do dom do futebol. A “áurea”. No primeiro momento ninguém ousa olhar de prima nos olhos deles. Se encolhe, fica pekeno, só relaxa quando ele deixa à vontade.

Tem dois “causos” que presenciei dessa liderança:

Primeira - Na década de 70 nosso técnico era o Jouber e ele tinha uma jogada escrota. Jogo rolando e ele invertia os laterais. O direito ia pra eskerda e o eskerda pra direita. Uma merda. Um belo dia (acho que FlamengoxAmérica) ele fez sinal de inversão e o Zico saiu lá do meio de campo e: “...Volta, volta. Nada de inverter”. Nunca mais rolou akela porra, eh.eh.eh.

Segunda - Brasilzão de 87. Ele (Zico) sofreu uma falta na intermediária, saiu pra “colocar akela água mágica”. O Edinho pegou a bola pra bater. Chegou o Renato Gauxo e: …eu bato. Não, sou eu. Necas, sou eu…Akele mimimi carai,  Zico volta: “...Renato, deixa o Edinho bater. - - -Mas, Galo… Saaaaiii. Bate lá Edinho... Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

Porque conto isso? Porque soube que tão fazendo um documentário sobre a vida dele. Tem que contar esses causos não contados, porra. Falar o óbvio… 

Outra pauta boa: BrasilxUruguai em Montevidéu, em plena segunda-feira de carnaval. Falta na meia lua, 45 minutos do segundo tempo. Rivelino e Nelinho pra bater. De repente o Rivelino falou: “Nelinho, deixa o garoto bater.Vai lá, Galinho… Sacooooo. Foi na minha frente. Noite incrível.

Valeu

Moraes